Motoristas de ambulância participaram de sessão solene hoje, no Plenário
da Câmara.
17/02/2014
- 13h35
Deputados e
motoristas de ambulância defendem regulamentação da profissão
Congresso deve votar, nesta
terça-feira, o veto da presidente Dilma Rousseff à proposta que regulamenta a
profissão de condutor de veículos de emergência (PL 7191/10). Assunto foi tratado
em sessão solene hoje, na Câmara.
Deputados e motoristas de ambulância defenderam nesta segunda-feira
(17), em sessão solene da Câmara, a derrubada do veto imposto pela presidente
Dilma Rousseff ao projeto de lei que pretendia regulamentar a profissão de
condutor de veículos de emergência (PL 7191/10). A análise do
veto será feita por deputados e senadores em sessão
do Congresso marcada para esta terça-feira (18), às 19 horas.
A sessão solene foi proposta pelo deputado Onofre Santo Agostini (PSD-SC), para homenagear os motoristas de ambulância. “Vocês não transportam mercadoria, vocês transportam pessoas debilitadas, que precisam de respeito e carinho. Vocês são os anjos da madrugada”, disse o parlamentar.
A sessão solene foi proposta pelo deputado Onofre Santo Agostini (PSD-SC), para homenagear os motoristas de ambulância. “Vocês não transportam mercadoria, vocês transportam pessoas debilitadas, que precisam de respeito e carinho. Vocês são os anjos da madrugada”, disse o parlamentar.
Favorável à regulamentação e relator da matéria na Comissão de
Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), Agostini defendeu as modificações
feitas pelo Senado e apresentou à época parecer pela aprovação do projeto. Como
tramitou em caráter conclusivo, o texto aprovado pela CCJ foi encaminhado para
sanção sem passar pelo Plenário da Câmara, mas acabou integralmente vetado em
novembro do ano passado.
Na justificativa, a presidente Dilma afirma que o projeto oneraria
pequenos municípios e comprometeria o princípio da isonomia em relação a
motoristas de outros tipos de veículo. O texto aprovado pelo Congresso assegura
aos condutores de veículos de emergência, à custa do empregador, o direito a
treinamentos especializados e cursos de reciclagem a cada cinco anos, além de seguro
para cobrir riscos de acidente.
Críticas
O presidente da Associação Brasileira de Motoristas e Condutores de Ambulância, Alex Douglas dos Santos, disse que o governo descumpriu um acordo para não vetar a proposta. Em ofício encaminhado a deputados e senadores, Santos rebateu os argumentos do Executivo. “Ter um profissional treinado e qualificado não irá onerar os pequenos municípios, mas sim acabar com abusos pelo mau uso desses profissionais para outros fins, o que os torna indisponíveis para o pronto atendimento de pessoas debilitadas”, afirmou.
O presidente da Associação Brasileira de Motoristas e Condutores de Ambulância, Alex Douglas dos Santos, disse que o governo descumpriu um acordo para não vetar a proposta. Em ofício encaminhado a deputados e senadores, Santos rebateu os argumentos do Executivo. “Ter um profissional treinado e qualificado não irá onerar os pequenos municípios, mas sim acabar com abusos pelo mau uso desses profissionais para outros fins, o que os torna indisponíveis para o pronto atendimento de pessoas debilitadas”, afirmou.
Alex dos Santos, representante dos motoristas, afirmou que projeto
vetado não onera os pequenos municípios.
Motorista de ambulância, Manoel Araújo, disse em Plenário que não se
deve analisar o caso como um simples serviço de transporte. “Não somos condutores comuns, somos condutores de
vidas. Cada frenagem brusca dada por um condutor de ambulância gira o cérebro
em 2 milímetros, podendo causar doenças posteriores”, lembrou ele, destacando a
necessidade de tratamento diferenciado em relação aos demais motoristas.
Os deputados Izalci (PSDB-DF), Camen Zanotto (PPS-SC), Francisco
Escórcio (PMDB-MA), Jaqueline Roriz (PMN-DF) e Mauro Benevides (PMDB-CE) também
defenderam a derrubada do veto. Para eles, o transporte de vidas não pode ser
tratado da mesma maneira que o de mercadorias.
Em discurso lido em Plenário, o presidente da Câmara, Henrique Alves,
lembrou que o veto é uma das etapas do processo legislativo, o qual ainda não
foi encerrado. Para Alves, o veto foi um “desalento” e caberá ao Congresso
decidir sobre o assunto em nova votação, nesta terça-feira, desta vez por
maioria absoluta.
O SINDESIND/RN, através de solicitação do
SINDMARN – Sindicato dos Trabalhadores motoristas de ambulâncias do RN
enviou nessa luta árdua dos condutores de ambulâncias, dois diretores da nossa
entidade, Paulo Henrique e Guilherme
Luiz (Sindesind/RN), para acompanharem os companheiros motoristas de ambulâncias
até Brasilia/DF, para juntos tentar derrubar o veto 50 no Congresso Nacional,
que trata da não legalização da profissão dos motoristas de ambulâncias, e por entendermos a sua grande importância junto
a sociedade brasileira, defendemos o direito de organização como categoria
reconhecida neste país, reconhecimento esse, que a muito tempo foi dado pela
população brasileira, nós do SINDESIND/RN reafirmamos a
luta e somamos também aos companheiros motoristas de ambulâncias, não somente
da SAMU, mas a todos aqueles ANJOS DA NOITE que arriscam suas próprias
vidas na madrugada no transporte de vidas em sofrimento e dificuldades em
qualquer lugar, sejam nos Municípios ou em qualquer parte do país. A luta pelo reconhecimento da profissão
continua, em cada estado, com mobilizações, panfletagens, reuniões, nota
informando a população, e uma possível paralisação nacional, ainda em
discussão.
FICA AQUI O NOSSO REGISTRO DE HOMENAGEM A ESSES
BRAVOS COMPANHEIROS, QUE FAZEM DE SUAS PRÓPRIAS VIDAS O CONFORTO, O CARINHO, E O
AMOR PARA QUEM DE MOMENTO POSSA PRECISAR.
PARABÉNS ANJO DA MADRUGADA.
SINDESIND/RN.
SINDESIND/RN.
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